Milão, cidade fria, cosmopolita, que nos afecta em cada momento em que bebemos um café, um gelado , peixe crú com pão e prosecco (na pesceria da Cláudio! - junto à Pinacoteca de Brera) e nos liga de forma veemente à terra quando as ruas são tomadas por mercados, com legumes e peixe frescos, senhoras a discutir como vão cozinhar uma determinada peça de carne, etc.
Entrei na Duomo (imagem acima) para ver os seus magníficos vitrais.
Os vitrais são uma cacofonia de cores puras, que se organizam de forma a construir uma grande ópera visual, um pouco como Kandinsky consegui organizar nas suas composições, nas quais nenhuma côr se anula antes se sublima.
Os vitrais têm uma função narrativa, eu diria de propaganda, atendendo á verdadeira origem da palavra propaganda ou da associação da arte a uma função propagandistíca que é pelo menos tão antiga como os baixos relevos sumérios. Os vitrais obedecem a uma estética própria ao conjunto de valores que ali estão representados.
Na cripta da catedral, onde podemos ver as relíquias da coleção é-nos possibilitada uma experiência de arte contemporânea.
"Via Dolorosa", de Mark Wallinger é apresentado numa sala da cripta. A obra em causa é feita a partir de 18 minutos do filme "Jesus de Nazaré" de Franco Zefirelli
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